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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

A cabeleira do biofiltro e suas funções

Primeiro seria interessante falar que o sedimentador, embora muito importante, no Sisteminha, é parte de uma sistema que chamamos de biofiltro cujos elementos filtrantes são as cordas de nylom que formam o que chamamos de cabeleira. A cabeleira entra tanto no sedimentador quanto na medusa. No sedimentador serve como filtro de partículas, neste caso fica submerso. No caso da medusa ela pode ser aérea (como no nosso modelo) ou flutuante, nos dois casos, embora precise da umidade, ela não pode ser submersa, isso impediria a sobrevivência das bactérias essenciais para transformação da amônia. Segundo o Dr. Luiz Carlos Guilherme, da Embrapa Meio-Norte e idealizador do Sisteminha "na verdade nos sistemas convencionais, que não se usa a medusa no biofiltro, o fazem submerso o que exige uma aeração específica para atender às bactérias. A capacidade de retenção de oxigênio na água é menor do que no ar, portanto aproveitar a aeração natural possibilita melhor rendimento das bactérias que se instalam na medusa." 

A cabeleira garante uma água mais limpa para retornar ao tanque. É como se fosse uma grande escova onde algas e outras sujidades ficam presas em suas "cerdas". Sua execução é semelhante a da medusa, mas como fizemos o sedimentador proporcional ao tanque, acreditamos que ela também deveria ser maior (nossa conta e risco), porém o tempo de sua execução é maior e há outros afazeres. Enquanto a cabeleira submersa (escova) não ficava pronta, a bomba de circulação pela cabeleira (medusa) estava pedindo manutenção mais frequente mesmo com a proteção do filtro. Fizemos um improviso no qual utilizamos um tambor de cerca de 70 litros e adaptamos uma entrada para o fundo dele saindo do sedimentador. Dentro do tambor colocamos vários sacos de cebola feitos de material plástico semelhante ao nylom por onde a água passava enquanto subia para enche-lo e ser bombeada de volta o tanque.

Então recapitulando problema e solução:
Há dias (no começo) nos deparamos com um problema: Tempo. A cabeleira do sedimentador, embora não seja complicada, demanda tempo em sua execução e entre outras atividades tínhamos que adaptar uma solução para este problema, mesmo que provisória, com o material que já tínhamos à disposição. Então a questão era: Filtrar a água do sedimentador, enquanto a cabeleira não fica pronta. já que, recapitulando novamente, a cabeleira garante uma água mais limpa para retornar ao tanque como se fosse uma grande escova onde algas e outras sujidades ficam presas em suas "cerdas". 
Solução temporária: "Sifonamos a água superficial do sedimentador para outro tambor (por baixo) onde alguns sacos de cebola se encarregam de reter algumas partículas. Pelo menos, temporariamente deu certo. Ela foi usada pouco tempo, somente o suficiente para terminarmos a cabeleira permanente.
Dá pra ver com mais detalhes no vídeo.




Dica: Tente executar cabeleira e medusa ao mesmo tempo e antes de colocar os peixes. Não sejam ansiosos (como nós).

Outra coisa importante é que não fazemos adubação na água do Sisteminha, como se faz em alguns outros sistemas de piscicultura. A alimentação, as fezes do peixe e as algas que se formam ao longo do tempo, vão mudando o ambiente por si mesmos. A água é recirculada constantemente através deste biofiltro (sedimentador e cabeleira). Pode-se utilizar até 10% do volume total para irrigação da horta (exemplo) diariamente com reposição de água limpa sem prejudicar o equilíbrio biológico do tanque.




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