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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Como começamos nosso Sisteminha

Em julho do ano de 2016, tínhamos expectativas e começávamos nossa "aventura". Passamos mais de um ano perseguindo tudo que podíamos a respeito do Sisteminha Embrapa e seu maior maior divulgador e pesquisador, Luiz Carlos Guilherme. Pouco tempo se passou desde que começamos e tem sido muito prazerosa cada etapa. Se as expectativas serão superadas o tempo e experiência nos dirão. Àqueles que nos quiserem acompanhar podem também nos seguir no grupo do Facebook. Serão mais do que bem vindos! No nosso primeiro vídeo falamos um poco sobre nossas expectativas com o tanque.

Um tanque sustentável do qual não se retiram (à médio prazo) somente os peixes, mas onde também se faz um reuso da água utilizada de forma planejada e eficiente. O tanque neste caso também funciona como um reservatório onde se cria os peixes, rega-se o composto para minhococultura e irriga-se plantas em cultivo escalonado. O sistema serve à famílias que tenham pouca disponibilidade de água e não necessita que se faça a troca constante da água utilizada graças a um sistema biológico de filtragem dos resíduos onde a ação de bactérias específicas (nitrozomonas e nitrobacter) fazem a conversão da amônia em nitrito e nitrato tornando a água um veículo seguro de nutrientes para irrigação e sem toxidade para os peixes. Na nossa experiência o simples fato de ter o tanque próximo à horta trouxe uma sensível economia de energia elétrica, já que a bomba que leva água à caixa d’água não é mais ligada tantas vezes ao dia. A água depois de “tratada” pelo filtro biológico torna-se veículo de nutrientes como cálcio, nitrogênio, fósforo e potássio, entre outros, (produtos das fezes e da ração) e dispensa adubação química na cultura. O resíduo do sedimentador é adicionado à compostagem de matéria orgânica que depois é levada ao minhocário onde é convertida em humus, um adubo orgânico que é aplicado na horta e no pomar e que além de nutrir, também melhora as qualidades físicas e biológicas do solo. Todo este processo demostra também, a eficácia do tratamento de efluentes produzidos pelo tanque e que não serão dispensados nem no solo e nem nos lençóis freáticos de forma a causar danos futuros. O Sistema foi desenvolvido pelo professor e pesquisador da Embrapa Meio-Norte, o Dr. Luiz Carlos Guilherme à partir do ano de 2011 e foi premiado pela fundação Banco do Brasil em 2014. Por isto criamos este grupo no Facebook onde demostramos nossas próprias experiencias com o Sistema e já alcançamos cerca de 140 membros, pessoas que nos acompanham e tem interesse no projeto. Estas informações também foram compartilhadas na palestra dada no evento relatado (dia 23 de agosto de 2016, na Emater de Flores de Goiás). Geralmente sistemas de criação de peixes são dispendiosos tanto na construção quanto na manutenção. Famílias que não tem abundancia de água dificilmente poderiam lidar com este tipo de atividade. Nesta proposta, no entanto, o recurso hídrico é utilizado de forma a beneficiar muito mais do que a criação, mas a médio prazo é capaz de sustentá-la. É importante salientar que o Sistema não tem intenção de gerar capital, mas de contribuir com a subsistência das famílias que se envolvem no projeto. É um projeto vivo, pulsante e mantenedor de vida. Tem como principal meta, nas palavras do próprio pesquisador: “fazer um desagravo com a fome”.


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